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ARTISTAS

Marcia Cirne Lima

BRASIL

 

Nasci em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil, em 8 de Abril de 1958.

Vivo em São Paulo há mais de 40 anos para onde vim com o propósito de estudar arte.

Em 1980 conclui a licenciatura em arte na Fundação Armando Álvares Penteado - FAAP e segui meus estudos informalmente com alguns artistas. Os seminários sobre arte contemporânea com Carlos Fajardo foram fundamentais na minha formação.

Ao longo dos anos, depois da faculdade, mantive atividades profissionais nas áreas de artes gráficas, ilustração, educação e desenvolvi um trabalho autoral de arte, mais ou menos simultaneamente. Trabalhei como professora de artes visuais no Ensino Médio e em programas de formação em arte para professores de redes públicas de ensino em vários Estados do país.

O interesse pela joalheria começou em 2011 quando um projeto de design com cortiça bruta me levou a ter aulas com o joalheiro Salvador Francisco Neto, cujo ateliê frequento até hoje. Fiz também um workshop com Mia Maljojoki em 2016 e outro com Iris Eichemberg em 2018.

Desde que comecei a fazer joias estou completamente concentrada nisso e vejo no meu trabalho a marca dos vários anos de estudo e produção na área de arte.

Sobre meu trabalho

Minhas joias poderiam ser divididas em dois grandes grupos resultantes de campos de interesse e operações poéticas envolvidas na concepção das peças.

A um desses grupos costumo chamar de coisa feita e ao outro de coisa encontrada.

Coisa feita são peças quase sempre em prata ou cobre resultantes do meu embate com a matéria onde o desenho, referências de objetos que não pertencem ao território da joalheria e o corpo como destino do objeto final são o fio condutor do pensamento, do fazer para criar as peças.

No grupo a que chamo coisa encontrada há peças em que misturo objetos que coleciono por aí nas minhas andanças. Podem carregar muita informação como artefatos de povos indígenas brasileiros e ferramentas que já foram úteis, ou coisas sem nome, pedaços desimportantes de algo, fragmentos... tudo o que desperta meu interesse. Junto com o que escolho há também coisas que os amigos me dão imaginando que poderiam fazer parte desse meu universo. Convivo com essa coleção sem fim diariamente no ateliê e, num jogo em que uma coisa puxa outra misturo sentidos, crio conexões entre partes e faço novos objetos, joias com várias camadas de significado.

O conjunto do trabalho é diverso e ao mesmo tempo coeso por esse misturar coisas que ocorre nos dois campos poéticos que inventei para descrever minhas joias.

 


 

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